Como o Diabo Gosta
Belchior
Belchior, o cantor inconformista, de canções com letras cuidadas e “de constante denúncia da alienação e da mercantilização do mundo”
Não quero regra nem nada
Tudo tá como o diabo gosta, tá
Já tenho este peso, que me fere as costas
e não vou, eu mesmo, atar minha mão
O que transforma o velho no novo
bendito fruto do povo será
E a única forma que pode ser norma
é nenhuma regra ter
é nunca fazer nada que o mestre mandar
Sempre desobedecer
Nunca reverenciar
Nos últimos anos, o movimento libertário brasileiro revia-se na letra das suas canções e na revolta e na denúncia do capitalismo de que elas se faziam eco, como muito certeiramente aponta este artigo publicado há menos de um ano no site brasileiro “Outras Palavras”.
Textos via site (Portal Anarquista) acessado em 16/11/2020.
Antes do Fim
Quero desejar, antes do fim,
pra mim e os meus amigos,
muito amor e tudo mais;
que fiquem sempre jovens
e tenham as mãos limpas
e aprendam o delírio com coisas reais.
Não tome cuidado.
Não tome cuidado comigo:
o canto foi aprovado
e Deus é seu amigo.
Não tome cuidado.
Não tome cuidado comigo,
que eu não sou perigoso:
– Viver é que é o grande perigo
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